2021 - 4º Encontro Geral - 21/07/2021

 O quarto encontro geral do GEIFOP ocorreu no dia 21 de Julho de 2021 ás 16h através de uma live pelo YouTube. O tema discutido foi "Linguagem científica x Metalinguagem científica." O encontro foi mediado pelo professor João Ricardo Neves da Silva e teve como convidadas para a condução as professoras Márcia de Souza Luz Freitas e Ligia Fabiana de Souza Silva. A leitura prévia para esse encontro foi "Metalinguagem como tecnologia cognitiva em textos de divulgação científica", de Carlos Eduardo da Silva, disponível pelo link abaixo:

 https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4650/1/CT_PPGEL_M_Silva%2C_Carlos_Eduardo_da_2019.pdf

Neste encontro foi discutido sobre a produção das ciências que por sua vez geram a linguagem científica que é aprendida por novos cientistas e é usada para a formação geral das pessoas, durante o ensino básico e para pessoas leigas, que não necessariamente estão em formação, havendo uma divulgação científica por meio das mídias, revistas e em cada uma dessas etapas a linguagem científica que é produzida com o fazer ciências sofre mudanças para se adequar melhor ao público em que se deseja alcançar. As palavras em diferentes meios, meio científico e meio coloquial, do dia a dia, assumem significados distintos. Com isso, o uso da metalinguagem se faz essencial. Na metalinguagem, se faz uma  reflexão e análise sobre o uso das linguagens e dos diferentes sentidos que as palavras assumem, reflete-se sobre uso de mais expressões, palavras que ajudam a caracterizar e a melhor descrever sobre algo e o porque usar esses adjetivos, o que isso muda para um melhor entendimento do interlocutor. 

Quando pede-se para o aluno que ele registre sua resposta para solução de um problema matemático, exemplo dado pela professora Márcia, ao refletir sobre como vai escrever, quais símbolos serão usados, o que eles significam e o porque de estarem sendo usados, entra-se então no campo da metalinguagem. Com a tentativa de se estabelecer relação de uma palavra usada no âmbito geral e usada no âmbito científico, diferenciando seus significados e para uma melhor compreensão pelos alunos, utiliza-se então a metalinguagem para um melhor entendimentos e reflexão sobre as palavras, fazendo-se uso de mais informações e descrições sobre esse termo em que deseja-se ser aprendido pelos alunos.

Em seguida, após compreensão sobre a metalinguagem, a professora Lígia relata sobre sua experiência com uma turma de 7º ano que ao lerem um artigo, destinado ao ensino básico, não foram capazes de compreender o assunto tratado no artigo em sua totalidade, dessa forma, o artigo não foi capaz de atingir o público alvo ao qual é destinado devido a sua alta densidade terminológica, apresentando uma linguagem de difícil entendimento dos alunos, dificultando também uma maior democratização dos conhecimentos científicos, pois a falta de competência lexical atrapalha na divulgação das ciências para o público no geral, dificultando essa aproximação entre ciências e sociedade. Depois disso, a professora Lígia conta sobre a reflexão realizada pelos professores da escola na qual trabalha, sobre formas e estratégias para se utilizar esse texto de divulgação  com os alunos afim de auxiliar na compreensão do texto.

Com isso, volta-se a reflexão sobre a competência lexical, a compreensão da linguagem científica por um cientista, por um aluno graduando em ciências, dos alunos do ensino básico, das pessoas no geral, sobre como estabelecer relação entre a linguagem comum com a linguagem científica e o uso da metalinguagem no ensino, para estabelecer mais facilmente essa relação e permitir maior compreensão e aprendizado pelos alunos, permitindo um maior letramento científico dos alunos e aproximação da divulgação das ciências e a sociedade. 

Para compreender melhor sobre o assunto, o quarto encontro pode ser assistido através do link abaixo: 

https://www.youtube.com/watch?v=Bgm32fjyUYo