2022- 2° Encontro Geral 04/05/2022

                  No dia 04 de maio, ocorreu o segundo encontro geral do GEIFOP em 2022, sendo que esta reunião aconteceu no formato híbrido, contado com membros do grupo presentes na Sala Lia- CEDUC na Unifei-Itajubá e outros participando por meio de uma sala virtual no Google Meet. Este encontro foi focado no debate sobre “Atividades práticas investigativas: O que são? ”, sendo que este foi conduzido pelo professor Evandro Rozentalski, coordenador do grupo em 2022.

            A leitura prévia indicada para este encontro foi “O desenvolvimento de atividades práticas na escola: um desafio para os professores de ciências” que possui como autores Marcelo Leandro Feitosa de Andrade e Vânia Galindo Massabni e encontra-se disponível no link: https://www.scielo.br/j/ciedu/a/vYTLzSk4LJFt9gvDQqztQvw/?format=pdf&lang=pt 

Primeiramente, foram fornecidas orientações acerca da questão do formato híbrido da reunião e também sobre a realização da divulgação dos cartazes de divulgação do GEIFOP 2022, por parte dos membros do grupo. Sendo que neste momento, foi ressaltada a relevância de obter a maior participação de Professores da Educação Básica no grupo. Finalizando este primeiro momento, foi realizada a apresentação de novos membros do grupo.

Posteriormente, o professor Evandro relatou que este encontro era focado em compreender o que é uma atividade prática investigativa, suas potencialidades, dificuldades, vantagens e desvantagens e as formas de aplica-las. Inicialmente, desenvolveu-se um debate sobre o motivo para aplicar estas atividades práticas investigativas no ensino, sendo destacado motivos como o amplo domínio da aplicação de metodologias expositivas, onde o professor detém o monopólio dos debates e ações em sala e os alunos possuem um papel como ouvintes passivos, e também a questão dos documentos norteadores do currículo nacional, como o PCN e a BNCC, apresentarem a relevância da aplicação de atividades que proporcionem a investigação, debate, reflexão e desenvolvimento de senso crítico.

Com isso, foi iniciada a reflexão sobre as diferentes definições do que é uma atividade prática, sendo adotado como referencial a conceituação apresentada por Andrade e Massabni que apresenta as atividades práticas como “Tarefas educativas que requerem do estudante a experiência direta com o material presente fisicamente, com o fenômeno e/ou com dados brutos obtidos do mundo natural ou social”. 

Diante disso, foi desenvolvido um debate que complementava essa definição, visto que apontou o fato de que as aulas de forma remota, ocorridas nos últimos dois anos, possibilitaram a elaboração de atividades práticas de forma remota por meio de recursos tecnológicos, jogos online e outros meios. Outro ponto levantado, foi que em Ensino de Matemática utiliza-se o termo atividades investigativas e não atividades práticas investigativas, visto que o conteúdo de matemática é majoritariamente teórico e pode-se realizar apenas experimentos com os objetos matemáticos, como medidas e tabelas. 

Entre os exemplos de atividades práticas para o Ensino de Ciências foram citados os Experimentos- tanto demonstrativos quanto os realizados pelo estudante, os jogos didáticos, os trabalhos de campo ou excursões e a modelagem. Sendo destacado que o desenvolvimento de atividades investigativas no Ensino de Matemática é realizado por meio de jogos didáticos e trabalhos de campo.

Ademais, foi também apresentado o Ensino por Investigação que consiste em uma metodologia de ensino que permite ao estudante realizar atividades, como a atividade prática investigativa, com o intuito de resolver um problema e enquanto isso, o professor atua como um mediador focado em orientar e auxiliar neste processo. Além disso, o foco do ensino por investigação é propiciar o desenvolvimento do raciocínio investigativo sobre a ciência, que consiste em pensar, analisar, refletir e fazer ciência e não somente aceitá-la passivamente.

Neste momento, o grupo debateu a importância de ao longo das aulas investigar como se obteve os conceitos científicos e os resultados experimentais e também debater a ciência e o processo de produção científica. E assim, ressaltou que não se limita às aulas ao seguimento fiel e sem questionamentos de manuais detalhados com procedimentos experimentais ou a apresentação teórica e passiva de diversos conceitos científicos.

Para a estruturação do Ensino por Investigação, pode-se seguir uma estrutura de procedimentos apresentados pelo professor Evandro que são: 1. Propor um problema; 2. Elaboração de hipóteses pelos estudantes; 3. Realização das atividades em grupos; 4. Comunicação dos resultados para a turma; 5. Discussão coletiva; 6. Apresentação da relação do problema com outros contextos. Esta metodologia possui muitas potencialidades, como fornecer maior protagonismo aos estudantes, desenvolver a criatividade, iniciativa e o pensamento crítico e reflexivo e pode ser articulada com a interdisciplinaridade e experimentação. Mas também possui desvantagens, como a falta de materiais e sequências didáticas prontas para serem aplicadas, a maior demanda de tempo para a preparação e a possível resistência dos estudantes.

Ademais, o professor Evandro e a professora Eliane Matesco realizam a indicação de materiais que auxiliam no desenvolvimento do Ensino de Ciências e Matemática por investigação. E neste momento, também foi novamente ressaltado que o foco do grupo neste ano é estudar, desenvolver e aplicar atividades investigativas na educação básica. Por fim, foram fornecidos os encaminhamentos finais deste encontro que foram aumentar a divulgação do GEIFOP para atrair mais professores da Educação Básica e iniciar o levantamento bibliográfico de materiais para o desenvolvimento das Atividades Práticas Investigativas nas diferentes áreas.

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